sequissudoxtequinina - sedotec em pastilhas - versão 13b
terça-feira, julho 19, 2005
Da série: as maravilhas de ser carioca Uma das melhores coisas em ser carioca é usar com propriedade a palavra 'escroto'. E tamanha propriedade vem justamente da total falta dela, como comprovam meus amigos paulistas que sempre estranham quando, como bom carioca que sou, meto logo um 'escroto' para qualquer coisa, já que eles usam tal palavra para fatos mais sérios. Da moedinha que caiu no chão e te obrigou a abaixar para pegá-la - escrota - até o tesoureiro do PT que roubava seu dinheiro para comprar deputados - escrotos. Da trocadora do ônibus que fez cara feia porque você não tem 30 centavos para facilitar o troco - escrota - até o secretário de segurança que simplifica sua incompetência em pleno Jornal Nacional jogando a culpa da violência no Rio em quem fuma baseado - escroto. O que vai definir a seriedade do fato é a entonação com que a palavra é pronunciada. Quanto mais tempo durar o chiado do s, mais grave é a situação. Um passarinho cagar no seu carro é 'ixcroto'. Seu chefe judeu não te pagar as 57 horas extras que você fez no mês passado é 'ixxxxxxxcroto'. A propósito: falar 'escroto' de qualquer outra maneira que não seja 'ixcroto' é escroto pra caralho.