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quarta-feira, novembro 01, 2006 
 
Quarenta e dois, parte II
Se ver o Daft Punk no Rio foi a realização de meu maior sonho, assistir (na ressaca de cachaça, Pet Duo e Booka Shade) dois dias depois o show novamente em São Paulo - mesmo naquele palco que não comportava tudo que tinha que comportar e com todos os perrengues que um lugar inadequado pode proporcionar - é algo que ainda não consegui digerir por completo. Sou bipolar ao extremo, não estou acostumado a ficar tanto tempo feliz com um sorriso que não sai da boca. E ainda estou muito feliz. E o sorriso ainda não saiu da boca. Tudo fica se repetindo na minha cabeça: os capacetes prateados brilhando em 'Robot Rock', a explosão vermelha de 'Technologic', a catarse coletiva de 'Television Rules the Nation' com 'Around the World', o descontrole dançante de 'Too Long', o poder do hit de 'Around the World' com 'Steam Machine', a quase incontrolável vontade de chorar com a mistura de 'Around the World' e 'Harder Better Faster Stronger' para mais "You know you need it, I need it too", só enxergar verde em 'Face to Face', viajar com 'Short Circuit', pular com todo mundo no hitão 'One More Time', ver mais cores que imaginava existirem em 'Aerodynamic', o queixo caído pela perfeição com que 'The Prime Time of your Life', 'The Brainwasher' e o hino 'Rollin' & Scratchin'' se encaixam, a certeza do teletransporte para outra galáxia em 'Alive', a batida perfeita de 'Da Funk' e a percepção clara que estava vivendo naquele momento um dos ápices de minha existência ao ouvir 'Superheroes', a favorita da casa, junto com 'Rock n' Roll' e 'Human After All' para fechar a(s) melhor(es) noite(s) da minha vida olhando embasbacado e extasiado para dois rôbos dando tchau, aplaudindo e mandando beijinhos para a platéia e para mim. Tudo isso duas vezes. Tudo isso duas vezes em três dias. Não sei quando volto. Só sei escrever nessa porra mal-humorado. E estou feliz pra caralho. Definitivamente não sei o que quero daqui pra frente. Posso morrer. Mesmo.