terça-feira, dezembro 19, 2006    Mulher de malandro Geralmente sou insuportável. Onde está a surpresa? Não é no 'geralmente'. A supresa está que no trabalho consigo superar a barreira do insuportável. Porque é ele que me tira da minha tão amada cama, é lá que passo as manhãs (palavra que já me causa calafrios só em mencionar), é lá que às vezes fico mais de 16 horas seguidas e é lá que fico o tempo inteiro na frente de um computador conectado a internet sem poder entrar em nenhum site de putaria. Daí que meu já lendário mau-humor matinal que faz todos da minha sala não se dirigirem a mim até que eu solte a primeira palavra, que as duas vezes em que já ouvi um "você tem cara de bonzinho mas não é muito simpático, né?" e respondi com um "até que sou, o problema é que somente na hora que quero e com quem quero" e muitas outras (e piores) histórias de um rápido e cada vez mais profundo processo (alguns chamam de transparência, a maioria de grosseria mesmo) onde estou perdendo toda e qualquer maneira pré-estabelecida para conviver em sociedade harmonicamente, como todos têm feito há milhares de anos, e que eventualmente me tornará o ermitão que as crianças da vizinhança jogam pedras e correm, não foram suficientes para evitar que na votação deste ano para o funcionário mais querido da empresa (que tem mais de 60 empregados), eu ficasse em terceiro lugar. E piora: a primeira posição coube ao salário mais baixo da empresa. Já viu Big Brother, né? Segundo lugar então. Vai entender... ouvindo: Radiohead - ' Idioteque (Dave Clarke Remix) '     prescrito pelo sedotec às 01:26.